sábado, 24 de julho de 2010

Luz sobre Papel




Aquele retrato esconde meu rosto 
e segura o ímpeto que tenho todos os dias
 de te tomar pela mão e reclamar o que não é meu.
O meio sorriso que o braço oculta quase não existe. 
Alguma coisa que você falou e eu ri, como sempre. 
Talvez uma daquelas frases feitas que agora me 
embrulham o estômago e que eu ouvia como obra 
prima de sua fala.
Em preto e branco, recortada, rindo meio a meio e 
meio de lado, claridade. Somos imagens em contato e 
esta noite, meu torpor prova que isto basta. Luz sobre 
papel e seu rosto refletido sem máscaras. 
Vejo.
E volto ao meio sorriso monocromático, escondido.
Seguro. 
Não mais existo em você.
Você em mim.
Não.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Defenestração Involuntária

É que eu achei que seria diferente. Eu sempre acho. Mas poxa vida, o que é que a gente faria se não tivesse o direito de nutrir esperanças?! Preocupante é quando alguém consegue pegar todas essas esperanças, pisotear, embolar, colocar num pacote e jogar longe o bastante para perder de vista. Tudo isso com a premissa de "nunca quis (e nem quero) te magoar". Mui bom. Boas notícias, campeão: você conseguiu. Atirou meu tempo pela janela.

E agora?

. . .