segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dos poemas na China



Você iria atrás de mim até na China?

Sim.

E recitaria um poema em mandarim?

Sim.

Quero um hai cai.

É japonês.

Mesmo assim...

Taí a questão
Não sei fazer hai cai não
Serve um beijo?

:)

sábado, 14 de novembro de 2009

Double Click.


Double click. Hi, Corinne. A sala continua amarela como sempre. Estou amarela também. Amarelando. As paredes assistem a cena conhecida: os livros espalhados, os papéis sem nenhuma importância, canetas, pares de brincos e a sensação de cabeça vazia que só parece aumentar. Por hoje temos jazz. Algo mais contemporâneo, menos norte-americano, mais europeu, mais ainda latino. Os olhos pesam apesar dos esforços. Faz semanas que nada acontece. É algo que decidi definir como um misto de preguiça, cansaço, solidão e insegurança. Aquela birra periódica das mulheres, só que prolongada. Inutilidade é a palavra. E a pergunta é 'como faz?'. Não sei e nessas horas alguma coisa pelo menos eu queria saber. Aquele maldito dedilhado no violão não me sai da cabeça. Preciso de paz, de mais vazio, de mais espaço no espaço que não acaba mais. À exaustão, seguidas vezes, sem hora, com hora; acordo, não durmo. Esqueço de mim, sorrio. A palavra agora é corresponder. Dizer não à frustração. Mas ainda não sei. Volto à sala amarela. Double click. Hi, Incubus. Lights, camera, transaction.


"I hate to say it, but you're so much more. So much more".

- Talk show on mute, Incubus